quinta-feira, 5 de março de 2015

Peixe-leão - Uma ameaça a vida marinha.






  Parece inofensivo, bonito e que parece enfeitar o oceano, mas, nem tudo é o que parece ser, o peixe-leão atualmente vem causando medo e pânico em pesquisadores e biólogos por todo o mundo. O peixe Pterois volitans, popularmente conhecido como ''Peixe-Leão'', vem causando grandes estrágos no oceano atlântico, mais precisamente no mar do caribe. A distribuição nativa de Pterois volitans fica entre o norte da Austrália e o sul do Japão, estendendo-se até o Havaí em recifes de corais e costões rochosos. 

   O primeiro registro foi feito em 1985, mas passou a ser frequente a partir da década de 1990”, explica o professor Marcelo Melo, professor de Oceanografia Biológica, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP). Nos anos 80 nos sul dos Estados Unidos era apenas um, mas, com o passar do tempo o peixe-leão multiplicou-se por todo o mar caribe. O peixe-leão chegou as aguas da península de Yucatan, no México, em 2009, os pescadores locais perceberam uma grande queda nos peixes como garoupas e pargos, que são muito consumidas localmente. O peixe-leão é carnívoro e come simplesmente TUDO o que vê pela frente causando um verdadeiro estrago no mar do caribe. 
      Não possuindo um predador natural, o peixe-leão obtêm sucesso em praticamente todos os indivíduos chegando a fase adulta, uma fêmea de peixe leão chega a botar 2 milhões de ovos por ano, tornando-se um predador implacável. A invasão do peixe-leão ao mar do caribe pode ter começado de maneira inocente, vendido nos Estados Unidos como um peixe ornamental, enfeitando aquários, o peixe teria sido jogado por quem simplesmente não queria mais mante-los em casa.  Outra hipótese é a de que o furacão Andrew, que passou pela Flórida em 1992, tenha destruído lojas de animais e levado os peixes para o oceano.
      Agora, o peixe leão se encontra espalhado por todo o golfo do México e do caribe, desequilibrando todo o ambiente marinho.Uma estratégia foi criada para combater o peixe leão, essa estratégia foi incentivar o consumo da população. Em Cancun e Cozumel, os pescadores locais chegam a pescar 25kg de peixe-leão por dia. Depois, é preciso um pouco de cuidado no manuseio do peixe. Espetar o dedo nas espinhas externas dorsais doi. Doi muito, inflama, mas, é só nelas que está o perigo. Não há toxinas, nem veneno, nem peçonha na carne do peixe-leão. O governo do México e Estados Unidos faz campanhas explicando isso e para incentivar o consumo do peixe-leão. Hoje em dia, o peixe-leão já é considerado uma das maiores ameaças deste século à vida nos recifes do Oceano Atlântico.
      O peixe-leão pode chegar até 300 pés abaixo no nível do mar, graças a essa grande capacidade de sobrevivência aliada por não possuir predador natural no caribe, o peixe-leão se tornou um vilão para o ecossistema marinho.
     Recentemente em Arraial Do Cabo - Rio de Janeiro, um peixe-leão foi encontrado por pesquisadores, causando medo pelos mesmos. Ainda não se tem relatos sobre a diminuição de outras populações de peixes locais. Porem, assim como no caribe, tudo começou com apenas um individuo, o que resta saber é como o peixe-leão veio parar em aguas brasileiras.

----------- Assistam também essa reportagem feita pelo fantástico sobre o peixe-leão. http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/03/predador-ameaca-vida-marinha-no-litoral-do-rio-de-janeiro.html

Referências: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2014/12/peixe-leao-e-beleza-sem-predador-ja-avistado-em-aguas-brasileiras.html
http://ciencia.estadao.com.br/blogs/herton-escobar/mais-um-peixe-leao-e-encontrado-na-costa-brasileira/

Carolina Gudim Suchi








           

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